quarta-feira, 12 de maio de 2010


FELICIDADE

Todos os dias ás 11:00 horas da manhã eu dou uma volta pela rua, desço do escritório e faço uma caminhada no meu horário de almoço.
Às vezes me perguntam sobre felicidade e eu acho bem confuso de explicar como sinto ela acontecer comigo, mas hoje eu vou tentar: Todos os dias eu passo pelas mesmas pessoas, flanelinhas, entregadores de panfleto, vendedores de planos odontológicos, moradores de rua, etc...
Ouve uma semana em que eu andava com muita pressa, então comecei a cortar caminho por lojas, após alguns dias voltei a fazer o caminho mais longo para clarear as ideias, pensar na vida. Quando eu estava cruzando a esquina avistei o Sr. do panfleto do ouro, ele se levantou de seu banquinho preto, esticou uma de suas mãos e me abriu um sorriso, estava contente em me ver e aquele sorriso mudou meu dia, como sempre ele me entregou seu “panfletinho”, pouca gente sabe, mas aquilo é nosso comprimento, quando recebo aquele panfleto é como um beijo no rosto. Eu atravessei a rua e lá estava ela, aquela senhora bem de baixo daquele sol de rachar, fiquei com pena dela, me entregou o seu panfleto, sorriu, um sorriso largo, como quem também havia notado minha ausência e me disse: Está um lindo dia hoje né?!
Resolvi escrever este texto, para tentar explicar sobre Felicidade, as vezes ela é como um flash, são pequenos momentos, são retornos, são sorrisos, são carinhos, reconhecimentos, as vezes está muito sol para você e você está reclamando, mas para outras pessoas é apenas um lindo dia! Então felicidade é isso, são pequenos momentos individuais e diferentes para cada ser humano.
Não ande com tanta pressa, pegue atalhos ou corte caminhos, as vezes você perde estes momentos tão importantes e por último: Sempre observe com o coração, em algum lugar existe sempre alguém que sente sua falta, que dá valor a sua presença e que irá aguardar sua chegada com um sorriso, mesmo que você não saiba seu nome e ele seja um senhor com a camisa do ouro sentado em seu banquinho na esquina do seu trabalho.

Iris Belmudes